terça-feira, 14 de setembro de 2010

REC2 – WTF?

Tradução da legenda: "Se atreve a voltar?"


Para o post de inauguração do CitriCine eu trago pra você uma resenha do recentemente assistido por mim “Rec2 – Possuídos”. E já adianto que você não vai ficar na ponta da cadeira, muito menos roer suas unhas.

O filme espanhol dirigido e escrito por Jaumé Balagueró e Paco plaza que em 2007 foi considerado pelo site Bloody Disgusting um dos 20 melhores filmes de terror da década começou chocando o telespectador com o novo conceito de assustar.

O enredo do primeiro filme baseia-se numa dupla de jornalistas interpretados pelos atores Pablo Rosso e Manuela Velasco que vão acompanhar a rotina noturna do corpo de bombeiros. Ao receber uma chamada rotineira vinda de um prédio a madrugada fica muito mais longa do que o previsto e o que era um simples trabalho acaba virando uma corrida pela própria vida.

Mas o que foi tão excelente a respeito de REC? Os ambientes escuros? A jornalista bonitinha de regata branca? Zumbis? O prédio? Bombeiros enormes com marretas na mão? NÃO!

Junta tudo isso mais o fato de a única fonte de visibilidade do telespectador ser uma câmera em primeira pessoa que treme quando o operador corre, que possui nightvision que só é usado em horas angustiantes(não sei quanto a vocês mas Nightvision em filmes de terror nunca é bom presságio), que tem um microfone que quando atingido bagunça todo o áudio do filme e uma lente que é sensível e pode danificar a visão que o espectador tem dos acontecimentos.



Resumindo, REC te coloca praticamente dentro do prédio onde o caos tem início e você só pode assistir a tudo da ponta da cadeira, eventualmente tomar uns bons sustos e no meu caso soltar uns bons gritos. Foi com essa idéia que REC conseguiu o prestígio dos críticos e olha que pra um filme de terror ser bem aclamado pela crítica o negócio tem que ser bom!

A história é bem simples (Infecção num ambiente escuro e fechado que acarreta o surgimento de zumbis) mas o que conquistou os espectadores foi o seu desenrolar e a angústia de como tudo foi filmado, você sofre junto com Ângela e Pablo e se pega torcendo para que eles consigam entrar na próxima porta, ou conseguir sair dela.

No entanto, porque eu to falando do primeiro filme se tem um número 2 no título? Simples, pegue a dupla de jornalistas e substitua por três moleques e uma equipe tática de quatro homens, adicione mais três câmeras em primeira pessoa e subtraia todo o cunho científico do filme, adicione uma porrada de religião. Agora tranca todo mundo dentro do prédio já infestado pelos zumbis do primeiro filme, mexa bastante a câmera e finalize com um epílogo que te faz questionar o motivo pelo qual você gastou dinheiro pra ver esse filme. Isso é REC2 – possuídos.




A história da continuação é a seguinte, uma equipe tática precisa escoltar um agente da saúde enviado pelo governo para coletar uma amostra de sangue dos infectados e assim conseguir criar um antídoto caso uma epidemia tenha inicio. Já logo no começo do filme você descobre que o agente na verdade é um padre e que os zumbis na verdade não são zumbis, e sim demônios que possuíram os moradores. Agora me explica uma coisa COMO É QUE VOCÊ FICA POSSUÍDO ATRAVÉS DE UMA MORDIDA? E ONDE FOI PARAR O VÍRUS DO PRIMEIRO FILME? Ele foi erradicado pela Alice de Resident Evil antes dela partir pra cima da Umbrella Corporation?

Depois disso a qualidade do filme cai vertiginosamente, enfiam mais um bombeiro lá no meio e os três moleques não merecem nem comentários. Eu só quero saber o que vão fazer nos dois outros filmes que já foram anunciados “Rec – Genesis” e “Rec – Apocalipisis”, do jeito que a coisa anda daqui a pouco os irmãos Winchester de Supernatural vão aparecer pra começar a caçar demônios e quem sabe, consertarem um pouco a burrada que fizeram com REC 2.

Filme são filmes até que se prove o contrário. Mas no caso de REC2 eu tenho as minhas dúvidas...

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