Olá amiguinhos!
Primeiro de tudo eu peço desculpas pelo atraso dessa postagem e pelo sumiço do CitriCine, mas cá estou eu de volta e com uma resenha quentinha pra vocês.
Hoje não terá comédia romântica ou zumbis espanhóis, muito menos centopéias humanas. Hoje vai ser cinema nacional e com uma dose pesada de realidade mascarada de ficção.
Em “Tropa de elite 2” José Padilha nos traz de volta um dos personagens mais marcantes da história do cinema brasileiro num enredo que, se não te fizer ficar com raiva então você é muito alienado ou faz parte do Sistema.
Na sequência do longa, o dez anos mais velho Capitão Nascimento, interpretado pelo brilhante Wagner Moura, vira comandante geral do Grupo de Operações Táticas, ou BOPE e depois chega onde nenhum “Caveira” conseguiu chegar, assume o posto de Sub secretário de inteligência nacional.
Mas tudo isso tem um preço, Nascimento agora é um homem divorciado e tem que lidar com o crescimento de seu filho Rafael, as cobranças de sua ex mulher, interpretada por Maria Ribeiro, o novo marido da mesma e um inimigo completamente diferente e mais perigoso do que donos de bocas de fumo.
O inimigo agora eram os policiais e políticos corruptos que ajudam o tráfico ao invés de acabar com ele. Tá começando a soar meio real demais pra você né? Acredite, fica pior.
André, interpretado por André Ramiro, vira o substituto de Nascimento e depois de um deslize ocorrido na prisão Bangu I, o Ex Aspira vai preso e começa a perceber que as coisas não são bem o que aparentam. Ramiro tem uma participação relativamente pequena no filme, mas não deixa de ser importante.
Enquanto o primeiro longa de Padilha explora a violência e tráfico nos morros do Rio de Janeiro, o segundo finca o pé na corrupção na política e nas milícias que ajudam a alimentar o tráfico de drogas, isso sem falar nos esquemas sujos para conseguir votos, já que no filme, tudo se passa em ano de eleição.
José Padilha mesmo afirmou: “Tentei fazer um cinema que comenta a violência urbana através da sua dramaturgia, e não por meio de metáforas ou discursos intelectualizados” e é isso mesmo que o espectador deve esperar do filme, os “maconheiros do Leblon” ainda estão lá e apóiam o humanista Fraga, que teve grande participação no episódio “Bangu I”
Além da incrível dose de realidade, o espectador se identifica cada vez mais com Nascimento, ele representa a parcela da população que quer a todo o custo colocar as mãos nos corruptos e bandidos engravatados que operam o nosso governo e prezam pela nossa “segurança” mas não conseguem (Ênfase para a cena da Blitz) e fora o fato de você também sofrer com a pressão psicológica e murros invisíveis que o protagonista toma ao longo do filme.
“Tropa de Elite” foi premiado com o Urso de Ouro no festival de Berlim em 2008, “Tropa de Elite 2” já bateu recorde de bilheteria nacional com mais de um milhão de espectadores logo na primeira semana, deixando para trás “Chico Xavier” e “Nosso Lar”. Agora, posso ter só um momento de revolta? Só um bem pequenininho?
POR QUE É QUE TROPA DE ELITE 2 NÃO FOI ESCOLHIDO PARA REPRESENTAR O BRASIL NO OSCAR COMO” MELHOR FILME ESTRANGEIRO?”
Quem vier me falar que “Lula, o filho do Brasil” é melhor do que o filme de Padilha e que não tem nenhuma porcaria de manobra política petista nessa escolha vai tomar porrada!
E só eu que acho muito estranho terem feito essa escolha em época de eleição pra presidente do Brasil? Nosso país precisa de mais Fragas.
Filmes são filmes até que se prove o contrário. E “Lula, o filho do Brasil” melhor do que “Tropa de Elite 2”? NUNCA SERÁ!
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