sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

À prova de morte - Estrogênio em alta velocidade



Olá cinéfilo, cinéfilas e você que gosta de cinema!

Primeiro de tudo peço minhas mais sinceras desculpas pela falta absurda de posts no CitriCine. Provas da faculdade, compras de final de ano falta de tempo para ir apreciar a sétima arte foram fatores que contribuíram para a minha ausência vergonhosa. Mas cá estou eu novamente com mais uma resenha pra vocês!

Hoje não falarei de lançamentos, de filmes cheios de efeitos especiais e arte digital de primeira qualidade. Eu estou aqui com a difícil e honrosa missão de resenhar um filme de ninguém mais e ninguém menos do que Quentin Tarantino.


Sim, você pode não saber quem ele é por nome, mas você com certeza já viu algum de seus filmes, seja o excelente “Pulp Ficton” ou o mais recente e não menos incrível “Bastardos Inglórios”, filme que deu a Christoph Haltz o Oscar de melhor ator coadjuvante pela brilhante interpretação do “Caçador de judeus” Coronel Hans Landa.

Antes de começar a resenha preciso dar os créditos do post de hoje para a minha amiga Giovanna Rezende (@livingaddiction), uma cinéfila com muito mais bagagem do que eu e que me ameaçou de morte caso eu não assistisse o filme a ser resenhado. Dados os devidos créditos e introduções (e desculpas) agora é hora de colocar a mão na massa!

Dirigido por Quentin Tarantino, “À prova de morte” conta a história de Stuntman Mike, interpretado por Kurt Russel, um dublê de séries de TV temperamental e que possui um carro 100% a prova de morte, mas isso só para quem o dirige. No decorre do filme, Stuntman Mike cruzará o caminho de dois grupos de mulheres só que as coisas não são bem o que parecem.

A DJ Jungle Julia faz aniversário, e para comemorar, chama suas amigas Shanna e Butterfly para viajarem até Austin, Texas, para uma comemoração digna. Stuntman Mike acaba se encontrando com as meninas devido a um concurso que Julia fez em seu programa de rádio, o que resulta numa das cenas de Lap Dance ao som de The Coasters mais legais que eu já vi.

O que acontece é que Stuntman Mike tem uma pequena peculiaridade, ele usa sua caranga pra matar pessoas em alta velocidade e em colisões dignas de filmes de ação, inclusive uma delas ganhou na categoria “Mutilação mais memorável” no Oscar de terror “Scream Awards” no ano de 2007.



“À prova de morte” faz parte do filme duplo “Grindhouse” tendo como sua primeira parte “Planeta Terror” dirigido por Robert Rodriguez, ambos querendo homenagear os filmes de terror dos anos 70, o que explica o figurino de ambas as películas, como os carros lindos e a trilha sonora.

Essa é uma das coisas que Quentin nunca decepciona, seja com bandas japonesas como as “5, 6, 7 & 8’s” ou surf music, pode ter certeza de que seus ouvidos serão agraciados com músicas incríveis e que te farão baixar a trilha sonora dos filmes sem pensar.

Outra coisa que te faz ir a loucura são os diálogos de “À prova de morte”, eles são cool, engraçados e aos mesmo tempo incríveis, não são o tipo de diálogo que você vê num filme e sim o tipo que você teria com seus amigos, com palavrões e tudo mais.


Stuntman Mike cruza o caminho de um segundo grupo de garotas, mas se engana ao pensar que elas são inofensivas e não têm sede de vingança. Não quero entrar em detalhes quanto a essa parte do filme pois seria spoiler, mas devo dizer que as perseguições em alta velocidade te fazem vibrar na cadeira, torcer pelas garotas e pensar duas vezes antes de fazer alguma gracinha pra cima de mulheres negras ou mulheres dublês de ação.

“À prova de morte” é recheado de referências a outros filmes de Tarantino ou mesmo a “Planeta terror”, seja o toque de celular da personagem de Rosário Dawson ser a mesma música assobiada pela personagem Elle Driver em “Kill Bill volume II”, ou seja pelo papel de Kim interpretado por Tracie Thom lembrar muito a versão feminina de Jules Winnfield, interpretado por Samuel L. Jackson em “Pulp Fiction”

Quer ver um filme que te fará pensar que o cinema ainda tem salvação em meio a vampiros virgens que brilham no sol, a garotos que mal têm pelos pubianos e já se acham garanhões por serem amigos de rappers ou a “rockeiros” felizes que usam calças embaladas a vácuo e mais cores do que uma tabela do pantone? Pegue “À prova de morte” sem nem pensar duas vezes.

Filmes são filmes até que se prove o contrário. E “À prova de morte” com certeza te fará pisar mais fundo no acelerador.


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